O cardeal filipino Luis Antonio Gokim Tagle, de 67 anos, é considerado um dos favoritos para suceder o papa Francisco, que morreu nesta segunda-feira (21 de abril), aos 88 anos. Conhecido como “Francisco asiático”, o religioso é considerado uma figura em ascensão na Igreja Católica. O ex-arcebispo de Manila, capital filipina, tem se destacado pelo envolvimento com questões sociais e defesa dos mais pobres — características que o aproximam de Francisco. Tagle atua nas Filipinas, país com a maior população católica da Ásia. A escolha pelo religioso como novo papa poderia sinalizar uma aproximação da Igreja Católica com o continente asiático, que ainda não teve um cardeal escolhido como pontífice. Além disso, o filipino é fluente em inglês e italiano, o que poderá colaborar com a sua atuação em contextos internacionais. O cardeal, que foi ordenado sacerdote em 1982, também é conhecido por uma formação acadêmica sólida e experiência pastoral. “Chito”, como também é chamado, foi bispo de Imus, uma cidade das Filipinas, antes de se tornar arcebispo de Manila, a principal arquidiocese do país asiático. Em 2012, ele foi nomeado cardeal pelo papa Bento XVI. Sete anos depois, em 2019, ele foi escolhido pelo papa Francisco como prefeito da Congregação para Evangelização dos Povos. Tagle também liderou a Caritas Internationalis, entre 2015 e 2022. No entanto, foi afastado do posto após denúncias de má gestão na entidade.
Conclave
A Igreja Católica vai escolher um novo Papa nas próximas semanas. A seleção será feita por meio do Conclave, atualmente composto por 252 cardeais, dos quais 138 eleitores (com menos de oitenta anos) e 115 não eleitores. O processo é secreto e somente os religiosos da lista têm conhecimento das discussões da reunião. De acordo com as regras estabelecidas pelo papa João Paulo II em 1996, o Conclave deve começar entre 15 e 20 dias após a morte ou renúncia do papa anterior. Os cardeais são os principais conselheiros do Papa e são escolhidos por ele para ajudar a governar a igreja. Todos os cardeais eleitores ficam hospedados em uma acomodação, na chamada “Domus Sanctae Marthae”, construída na Cidade do Vaticano. Há cardeais de três ordens: diáconos, presbíteros e bispos. Na parte da manhã e na parte da tarde, são feitas as orações e a celebração das sagradas funções ou preces. Em seguida, há os procedimentos para as eleições. Podem votar e ser votados todos os cardeais com menos de 80 anos de idade. Os cardeais eleitores são obrigados a participar do Conclave e são convocados pelo cardeal mais velho (Decano). São feitas duas eleições por dia, uma de manhã e outra à tarde, e será eleito o cardeal que, numa dessas eleições, obtiver 2/3 dos votos, considerando presentes todos os cardeais. A eleição é secreta e cada cardeal coloca em uma cédula o nome em quem deseja votar. Três cardeais são escolhidos para fazer a contagem dos votos, esses são chamados de escrutinadores. Se algum deles for escolhido com 2/3 de votos, estará eleito e, aceitando o cargo, é queimada uma fumaça branca no incinerador da Capela Sistina. Se após a segunda eleição do dia não houver ainda um eleito, então, queima-se uma fumaça negra que sai na chaminé da Capela, na Praça de São Pedro. Após cada eleição as cédulas são todas queimadas pelos escrutinadores.

Assessoria/O TEMPO/Caminho Político
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