“Não se combate violência contra a mulher com Mauricio Mattar e Márcia Sensitiva”, alerta Janaina Riva ao falar sobre prioridades do governo

A deputada estadual Janaina Riva (MDB) voltou a cobrar responsabilidade e prioridade de investimentos do governo estadual diante dos alarmantes dados divulgados pelo Atlas da Violência 2025. Mato Grosso lidera o ranking da última década de feminicídios proporcionalmente no país. O estado apresentou uma taxa de 5,7 homicídios de mulheres a cada 100 mil habitantes — número 62,8% acima da média nacional, que é de 3,5. “Não estamos falando de estatísticas, estamos falando de vidas. São mulheres que foram assassinadas. A maioria, negras. Mas Atlas traz agora, que até entre mulheres brancas houve aumento de mais de 50% nos casos. Isso mostra que a violência está em todos os lugares, em todas as classes sociais, e exige ação concreta do poder público”, afirmou Janaina. A deputada foi além e criticou duramente o que chamou de “bolha de vaidade e ostentação” do atual governo, ao citar a programação do evento do Dia das Mães promovido com dinheiro público. “Enquanto as mulheres morrem, o governo organiza show com Maurício Mattar e Márcia Sensitiva. Não se combate violência doméstica com artista e vidente. Isso é um deboche com as vítimas e com as famílias enlutadas”, disparou. Para Janaina, o problema é de prioridade. Ela lembrou que, enquanto o Estado investe R$ 24 milhões em uma roda-gigante para o parque Novo Mato Grosso, em Cuiabá, crianças na Santa Casa não têm sequer cateter para fazer quimioterapia. “A criança precisa ser furada no pescoço porque falta o básico. E o governo vem falar que o parque é para pobre também? Que pobre vai vir do interior pra Cuiabá se não tem nem dinheiro pra passagem?”, questionou. Segundo a parlamentar, com os mesmos recursos seria possível construir pequenos parques com áreas de lazer e água em bairros periféricos de todo o estado, reforçar os CRAS, ampliar o atendimento psicológico e, principalmente, fortalecer as políticas de enfrentamento à violência contra a mulher. “Nós pecamos em cuidar da saúde mental. Quando se fala em abuso, em violência, é aí que o Estado precisa estar presente”, disse. A deputada finalizou o discurso fazendo um apelo por bom senso e empatia. “Não sou contra comemoração, nem contra parque. Mas enquanto houver fila no SUS, gente morrendo por falta de UTI, mulheres sendo assassinadas por seus companheiros, crianças sem atendimento oncológico, não é de show que o povo precisa. É de dignidade. É de governo que priorize quem mais precisa”, concluiu.

Laura Petraglia/Caminho Político
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